A tendência de apartamentos reduzidos é positiva para o mercado porque cria um produto para atender a um grupo amplo de clientes: estudantes que dividem apartamentos ou alugam quartos, pessoas que moram sozinhas e casais que passam o dia inteiro fora.
Há muita gente querendo sair de casa, mas, hoje, o que o mercado imobiliário oferece é muito caro. Entretanto, para que os imóveis sejam ocupados, é preciso construir em áreas com transporte, hospital, escola pública. Esta opção vai atender a casais, pessoas que trabalham fora o dia todo e estudantes
Em São Paulo tem apartamento de dez metros quadrados, em que a cama levanta, a mesa dobra. Já faz parte da cultura da cidade. O Rio precisará de um período de adaptação. É a construção de apartamentos cada vez menores, com maior infraestrutura, por causa da violência.
As novas construções devem ser menores, mas com piscina, salão de festas, parquinho, para que as pessoas tenham a sensação de comunidade sem sair do condomínio.
A experiência de São Paulo mostra que os apartamentos pequenos são uma alternativa para as pessoas que moram longe do trabalho e enfrentam longas horas de trânsito. O Rio também tem demanda para o formato.
Em geral, as pessoas têm pouco dinheiro para bancar moradia e quando procuram um aluguel, não querem saber o preço só da locação, porque o condomínio também vai afetar o bolso deles. É uma transição de vida e esses querem começar de uma forma que lhes seja conveniente.
Gilberto Britto
CEO do Grupo Britto