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Desde o início da vigência da NBR 15575 em 2013, foram várias as preocupações do mercado com relação ao aumento de custo de construção para o atendimento da Norma. Hoje, mais de 10 anos depois, o que mais preocupava o Incorporador, como custos com medições, simulações e ensaios, estão perfeitamente absorvidos no custo de obra.

Porém, questões de definições de Projeto e também de Metodologias Construtivas, se não tratadas corretamente, ainda geram custos não previstos, que em nenhum padrão de obra é desejável.

Nas obras de médio-alto e alto padrão, a maioria desses custos pode ser absorvido, embora saibamos que sai do lucro do incorporador, mas no segmento econômico, tange a viabilidade do empreendimento. 

Colocando em números 3 casos e seus respectivos números:

  • Imaginando que na vistoria de entrega no empreendimento detectou-se a falta de algumas placas de sinalização obrigatória.

Uma placa custa em média R$25,00 a R$30,00, ou seja, um custo desprezível mesmo que com a obra acabada.

  • Obra entregue de um edifício de 24 pavimentos (exemplo real), e o perito contratado pelo Condomínio detecta um erro no corrimão da escada de segurança. Item claramente inegociável, gerou a retirada, reforma e recolocação do corrimão, um custo de R$ 42.000,00 (valores de 2016).
  • Empreendimento de alto padrão, concebido com fachada em cores escuras em Zona Bioclimática 8, e comercializado sem análise do Desempenho Térmico (exemplo real)

Para garantia do Desempenho Térmico sem mudança da fachada seria necessário a utilização de uma argamassa térmica.

Custo da argamassa térmica = R$ 12,00/kilo

Custo da argamassa normal = R$ 4,71/kilo

Mesmo sendo um empreendimento de médio padrão, o custo, 3 vezes mais que o previsto, já teria um impacto grande no orçamento da obra.

Os exemplos acima nos mostram 3 tipos de situação onde MITIGAR os problemas na fase de Projeto é imprescindível para garantir o custo da obra. E dentro desses exemplos, temos o que extrapola o custo e leva o empreendedor para a seara imprevisível das demandas dos clientes, condomínios até a judicialização.

Ou seja, enquanto sabemos o quanto vamos pagar lá na frente, caso seja necessário, o problema está sob controle. Quando não sabemos, não há limite previsível.

Por exemplo: caso o edifício do exemplo 3, fosse construído sem a argamassa térmica, e pós ocupação houvesse uma demanda comprovada do Não Desempenho Térmico da Edificação, qual seria a solução:

  • Refazer a fachada – Impacto considerável no caixa do Incorporador;
  • Indenização – Onde o valor que se pretende sempre é muito distante do valor que se quer pagar.

Mitigar problemas ainda é a melhor opção para controlar os custos de obra, e no que se refere à Desempenho, ainda mais.

Imaginem como seria uma negociação de obra entregue sobre as questões acústicas dentro da unidade residencial…. refazemos as paredes????

Irina Aibara

arquiteta

Post Author: Gilberto Britto

Mais de 25 anos de experiência no mercado imobiliário, corretor, administrador, Avaliador e Perito Forense Imobiliário e Ambiental, Imortal e Embaixador da Academia de Letras do Brasil, Bacharel em Ciência da Computação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Pós-Graduado em Análise de Negócios e da Informação pelo Instituto de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Mestre em Filosofia e Literária e Doutor em Filosofia e Psicologia pela Emill Brunner University e Association American World Universities and Colleges – AAWUC, Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) pelo Instituto Arnaldo Prieto do Rio de Janeiro, Avaliador e Perito Imobiliário e Ambiental pela Unimóveis de Minas Gerais, Certified International Property Specialist pela National Association of Realtors, Personal & Professional Coaching e Certified Executive Coaching pela Sociedade Brasileira de Coaching, Professional Coaching Practitioner pela ABRACOACHING, Assessment Alfa pela Worth Ethic Corporation, sólida carreira marcada em empresas de porte, palestrante, coach. Atualmente é Diretor do Grupo Britto, Conselheiro e Membro da Comissão de Ética e Fiscalização Profissional do CRECI/MG, Consultor e Professor em instituições de ensino superior, Agente de Propriedade Industrial do INPI, Membro e Professor da CMI/SECOVI-MG e SINDUSCON-MG, Membro do Comitê Brasileiro e Organismo de Normalização Setorial da ABNT (Construção Civil, Informação e Documentação), Membro da International Coach Federation. Foi agraciado pelo Centro Nacional de Formação Superior Ibero-Americano e pela Academia de Letras do Brasil com o Grau Honorífico de Catedrático em Avaliação e Perícia de Imóveis e também Tópicos Especiais de Engenharia. Ministra cursos nas áreas de gestão empresarial, construção civil, engenharia, avaliação e perícia imobiliária e ambiental, real estate e coaching.